quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Resenha: Morte na Mesopotâmia - Agatha Christie



Título: Morte na Mesopotâmia
Título original: Murder in Mespotamia
Autor(a): Agatha Christie
Editora: Nova Fronteira 
Número de páginas: 220
Ano: 1936
Gênero: Romance Policial
"Crime é um hábito"
Morte na Mesopotâmia é o segundo livro que leio da Agatha Christie. Novamente, foi uma leitura que prendeu a minha atenção por causa do enredo complexo, fascinante e surpreendente.

O livro começa com um pequeno prólogo do Dr. Giles Reilly. Reilly conta sobre o convite que fez a Enfermeira Amy Leatheran para escrever um livro sobre o caso investigativo dentro de uma equipe de arqueólogos que aconteceu há cerca de quatro anos.

A história que lemos, então, é contada pelo ponto de vista da Amy Leatheran, uma enfermeira que foi indicada pelo Dr. Reilly para cuidar de uma mulher chamada Louise Leidner, que sofria de ataques de angústia nervosa.

Foto: Mariana Betine

Louise Leidner é esposa de Eric Leidner, um famoso arqueólogo e dono de uma grande firma norte-americana de escavações no Iraque . Casados há 2 anos, Dr Leidner estava preocupado com a saúde de Louise e resolveu procurar uma enfermeira para lhe assistir.

Além dessa situação de Louise, toda a equipe de escavação estava com um comportamento estranho (toda a equipe e Louise vivem juntos em uma casa onde também funciona a empresa). A curiosidade para saber o porquê desses ataques de Louise e também o porquê desses comportamentos delineia a história.

Foto: Mariana Betine

Depois da chegada da enfermeira Leatheran a equipe de escavação, como o próprio título do livro já diz, acontece uma morte. Uma morte sem explicação. Então, é nesse momento que a coincidência bate à porta e o detetive Hercule Poirot está perto de Tell Yarimjah, cidade em que se aloca a empresa de escavação e acaba assumindo o caso.

Agatha Chritie sabe como envolver e construir bem uma história, não desconfiei nem por um segundo do verdadeiro assassino. Porém, dois fatos no ápice da revelação do crime me fizeram desacreditar na história, acredito que na realidade isso não aconteceria - o detetive falar que não tem provas reais e o assassino confessar o crime.

Foto: Mariana Betine
Além disso, o fato dos diálogos detalhados, com travessões, me incomodou muito, pois, o livro é um relato escrito pela enfermeira Leatheran, que além de não ser uma escritora, como seria possível ela lembrar de cada detalhe de enormes falas com precisão de um fato que aconteceu há cerca de quatros anos? O modo da escrita não me convenceu.

Entretanto, é uma leitura muito agradável, com reviravoltas. A todo momento, ficamos atentos a cada detalhe que acontece para podermos (tentar) solucionar o crime com a companhia do tão querido detetive Poirot.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Resenha: A Estrada - Cormac McCarthy




Título: A Estrada
Título original: The Road
Autor(a): Cormac McCarthy
Editora: Alfaguara
Número de páginas: 240
Ano: 2006
Gênero: Cenário apocalíptico


"Havia algumas noites em que, deitado na escuridão, ele não invejava os mortos".

Recebi este livro pela TAG: Experiência Literárias, que funciona como um "clube do livro". Todo mês, os assinantes recebem um livro (que não sabem qual é) com uma revista (que contextualiza e traz informações sobre o autor e o curador que escolheu o livro) e ainda vem um mimo (que tem relação com o livro).

Foto: Mariana Betine
O livro de agosto foi A Estrada, de Cormac McCarthy. Não conhecia o autor, muito menos esta obra. Fui surpreendida com a história, a escrita e estou absurdamente curiosa para ler mais coisas de McCarthy.

Cormac McCarthy é um autor estadunidense, conhecido como o cowboy da literatura, pois a maioria dos seus livros são baseados na temática Velho Oeste (como o famoso Onde os velhos não tem vez, que foi adaptado para os cinemas como Onde os fracos não tem vez). 


Cormac McCarthy. Foto: Internet. 

Em 2006, McCarthy surpreendeu a todos com a publicação do livro A Estrada, no qual fugiu da sua marca registrada de temática. A Estrada fala sobre um mundo pós-apocalítico e rendeu para o autor o Prêmio Pulitzer de 2007.

O mundo abordado está devastado. Não há fauna nem flora. Nesse mundo praticamente sem vida, alguns homens ainda lutam por sobrevivência. Nessa história, acompanhamos um pai com o seu filho que seguem a estrada a caminho do sul, movidos pela esperança de encontrar um lugar mais propício de viver, ou pelo menos, um lugar mais quente.

Foto: Mariana Betine
Não é explicado a causa dessa devastação. Datas e locais também não são citados. Nem ao menos os nomes dos personagens principais são ditos. O pai é chamado de homem, e o filho, de menino. Ou seja, nada além do necessário é descrito. 

Isso tem relação com a escrita de McCarthy, que é concisa, enxuta. Há poucas pontuações. Nos poucos diálogos presentes no livro, até os travessões são dispensados. Não há divisão por capítulos. Ou seja, a escrita resumiu-se ao básico, assim como os personagens. 

Foto: Mariana Betine

O modo da escrita seca pode tornar a leitura meio estranha no começo, mas para mim, é ela que faz o livro ser tão grandioso, pois é essa característica que me deixou tensa ao virar cada página. A escrita traduziu muito bem a emoção dos personagens, onde qualquer vírgula a mais é supérfluo para quem luta por sobrevivência. 

Não se enganem: esse livro não é um livro de ação. O mundo pós-apocalítico criado por McCarthy não é um mundo fantasioso (nada zumbis, ok?). Tudo o que está relatado poderia acontecer, caso não soubermos preservar a natureza. Isso nos faz refletir sobre nossas atitudes e que talvez nossos descendentes passem por uma situação parecida daqui alguns anos.

A Estrada é um livro que pode ser difícil para entrar no ritmo lento da história e  principalmente para a aceitar, mas não vale a pena desistir da leitura. Ao acabar de ler, ficamos pensando sobre durante dias e dias. É uma história reflexiva, cheias de críticas ao comportamento dos seres humanos uns com os outros, e também com a natureza.  

Foto: Mariana Betine


ASSISTA também O VÍDEO SOBRE o livro e o filme a estrada



sábado, 29 de agosto de 2015

Resenha: O Jogo da Imitação











Filme: O Jogo da Imitação (The Imitation Game, 2014)
Direção: Morten Tyldum
Roteiro: Graham Moore
Duração: 1h 54m


O filme O Jogo da Imitação é baseado do livro de Andrew Hodges, Alan Turing: The Enigma, e ganhou o Oscar 2015 de Melhor Roteiro Adaptado - além de ter sido indicado a mais 7 Oscars.

O filme conta a história de Alan Turing (Benedict Cumberbatch), matemático, que foi trabalhar na Bletchley Park, antiga instalação militar secreta da Inglaterra, durante a Segunda Guerra Mundial.


Em Bletchley Park, Turing trabalhou na decodificação da Enigma, máquina dita como indecifrável da Alemanha nazista, na qual transmitia mensagens criptografadas sobre todos os ataques do Eixo. Turing e mais alguns especialistas tinham de decodificar a Enigma em menos de 18 horas, pois, recebiam mensagens às 6:00 e a criptografia mudava à meia-noite de cada dia.


Com o pensamento de que as máquinas não podem pensar como os humanos, mas podem imitar como os humanos pensam, Turing começou a desenvolver uma máquina para decifrar as mensagens da Enigma. E por isso, através do desenvolvimento desta máquina, Turing é conhecido hoje como o pai da computação.

O Jogo de Imitação é um filme brilhante. Esta história nos faz perceber que a Alemanha na Segunda Guerra Mundial não foi uma simples azarenta - este "azar" teve seus motivos - e que a inteligência de um homem mudou o rumo da história. Além de nos fazer refletir sobre outros pontos, que são inadmissíveis de intolerância humana, como a "diminuição" de uma pessoa por sua opção sexual ou por ser do sexo feminino - Joan Clarke (Keira Knightley) é a única mulher do grupo de especialistas.


A história de Turing só foi liberada pelo governo inglês em 2010. Mas somente em 2013, Turing foi perdoado por ser homossexual pela Rainha Elizabeth II. Isto é um fato revoltante. Muitos comemoram esse perdão, mas é um fator de vergonha que isso venha a ser feito depois de tanto tempo.

A atuação de Benedict Cumberbatch como Alan Turing, na minha opinião, está perfeita. Suas emoções são transmitidas sem ao menos precisar de falas. Enquanto Keira Knightley deixou a desejar, sempre a acho com o mesmo sorriso para todas as suas personagens, e esta não foi diferente (mas nada que desvalorize o filme).

Realmente este é um filme em que agradeço ao cinema de existir e de levar essa história a muitas pessoas de um jeito espetacular, que te prende do começo ao fim. Vale a pena assistir.

domingo, 16 de agosto de 2015

Resenha: Extraordinário - R.J. Palacio

Título: Extraordinário
Título original: Wonder
Autor(a): R.J. Palacio
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 320
Ano: 2013
Gênero: YA



"Talvez a única pessoa no mundo que percebe o quanto sou comum seja eu".
August é um menino de 10 anos que nasceu com uma doença genética, o que deixou seu rosto diferente dos normais. Um médico chegou a comentar que a probabilidade de alguém ter a combinação de síndromes que resultou o rosto de Auggie é uma em 4 milhões.


A vida de Auggie nunca foi fácil, era muito provável que ele não sobreviveria: passou por inúmeras cirurgias, alimentava-se por sondas e sempre ficava doente. Por isso, sua família sempre o protegeu. Ele só tinha tido aulas em casa com sua mãe, nunca frequentou um colégio.

Para completar, sempre que saía de casa, era um tormento: as pessoas comentavam, assustavam-se com a sua aparência. Mesmo assim, Auggie não se tornou deprimido e amargurado com a vida. Acredito que isso não tenha acontecido por causa do suporte incrível que tem de sua família (não há família mais fofa!). Auggie é uma criança divertida, carismática, e ainda consegue brincar com a sua própria aparência.



Como sua última cirurgia tinha sido há 8 meses e provavelmente não precisaria de mais nenhuma por
longos anos, seus pais acharam que era o momento dele ir para a escola. Claro que, inicialmente, quando os pais de Auggie falaram da proposta de ir cursar o quinto ano em um colégio, ele bateu o pé dizendo que não ia. Porém, acaba aceitando com o combinado de que, a qualquer momento, poderia desistir e voltar a estudar em casa.

Enfrentar uma escola nova não é fácil para nenhuma criança. Imagina para Auggie que nasceu com essa doença? Ele teria de enfrentar o desafio de mostrar que, apesar de sua aparência, é uma criança normal como qualquer outra.



Auggie sofre muitos preconceitos durante seu ano letivo, é alvo de bastante bullying. Não só
por alunos, mas também por pais de alunos - o que nos tira ainda mais do sério, né?

O livro é dividido em oito partes que vão sendo narradas por diferentes personagens, o que é muito interessante, já que conta percepções diferentes em relação ao August. Além de capítulos do próprio August, claro.

Capítulo da Via, a irmã de Auggie.

Este livro é muito tocante. Com seus capítulos super curtos (são em média de 1 a 3 páginas), a
leitura é muito dinâmica e rápida. E não há como não se apaixonar por Auggie!



A história deste menino realmente extraordinário nos faz repensar sobre nossas atitudes, sobre
amizade verdadeira e também sobre família. É um livro imperdível! Virou um dos meus preferidos.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Maratona Literária de Inverno 2015 #5

Vídeo sobre a quarta e última semana da #MLI2015

Foi muito bom participar e compartilhar com vocês! Agradeço a companhia e todo o incentivo que recebi para continuar com o canal. :D


segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Livros sobre a relação entre pais e filhos

Oi, gente! Tudo bom?

Ontem foi Dia dos Pais e em comemoração a este dia, fiz uma seleção de 10 livros que falam sobre a relação pai-filho.


"Quase Memória", de Carlos Heitor Cony.

"Quase Memória" foi publicado em 1995 pelo escritor brasileiro da Academia Brasileira de Letras, Carlos Heitor Cony. É considerada sua obra de maior relevância.

A história se passa no Rio de Janeiro nas décadas de 40 e 50 quando o autor recebe um embrulho sem remetente na recepção do hotel. Ele percebe que a letra é de seu pai, falecido há dez anos. A partir deste embrulho inesperado, lembranças de sua infância e de seu pai são desencadeadas.

Livro vencedor do Jabuti de melhor livro do ano de 1996.







"Patrimônio", de Philip Roth

"Patrimônio" foi publicado em 1991 pelo norte-americano Philip Roth, considerado um dos melhores escritores vivos.

A história aborda os sentimentos de um filho com seu pai à beira da morte, diagnosticado com um tumor cerebral. É a própria história de Roth com seu pai, com seus altos e baixos e com a sua aproximação a ele no final da vida.











"Carta ao pai", de Kafka

"Carta ao pai" é uma carta original escrita em 1919 pelo tcheco Franz Kafka.

Insatisfeito com a reação fria do seu pai Hermann Kafka diante ao anúncio de seu noivado, Kafka escreve uma longa carta (mais de cem páginas manuscritas) falando de suas mágoas a respeito de sua relação paterna. Esta carta não chegou a ser enviada.

"Carta ao pai" veio a ser publicado posteriormente, em 1966.









"O Clube do Filme", de David Gilmour

"O Clube do Filme" foi publicado em 2007 e escrito pelo autor e crítico de cinema canadense David Gilmour.

É um relato real de sua vida. Ao ver seu filho de 15 anos reprovado na escola, Gilmour o faz uma proposta: ele pode largar a escola desde que veja 3 filmes por semana com ele. As sessões passam, então, a manter uma melhor relação entre pai e filho e a reconstruir um adolescente "perdido".









"Tudo aquilo que nunca foi dito", de  Marc Levy

"Tudo aquilo que nunca foi dito" foi publicado em 2011 no Brasil e foi escrito pelo francês Marc Levy.

A história conta uma conturbada relação entre pai e filha. Anthony Walsh é um ótimo empresário, mas tem pouquíssimo tempo para sua filha - é um pai distante. Poucos dias antes do casamento de Julia, filha de Walsh, ela recebe um telefonema do secretário de seu pai: ele não irá para o casamento, mas desta vez, Julia admite que é uma boa desculpa: seu pai faleceu.
No dia seguinte ao funeral, ela descobre um embrulho deixado em sua porta - e esta não será a última surpresa de seu falecido pai.






"Amor de Pai" - Karel G. Van Loon

"Amor de Pai" é o livro de estreia do holandês Karel Van Loon.

A história conta sobre a vida de Armim Minderhput, um revisor de livros científicos em Amsterdã. Ele tem um filho de 13 anos. No entanto, descobre que sempre foi incapaz de ter filhos.
Este livro é um thriller psicológico no qual Armim busca por respostas: pela busca do pai biológico de seu filho e pela busca da possível traição de sua mulher.










"Meu Pai Fala Cada Uma: Um Retrato Hilário e Verdadeiro da Relação Pai e Filho" - Justin Halpern

Publicado em 2012 no Brasil, o livro "Meu Pai Fala Cada Uma" surgiu a partir do sucesso do Twitter de Justin Halpern, que começou a postar as frases engraçadas de seu pai. Em pouco tempo, teve milhões de seguidores

Aos 28 anos, depois de ser dispensado pela namorada, Justin volta a morar com o pai, Sam Halpern, de 73 anos. Quando era criança, morria de medo dele, mas agora ele começa a admirar a mistura de franqueza com a insanidade das falas de seus pai.

O livro foi 1º lugar na lista de Mais Vendidos do The New York Times.






"O Filho Eterno", de Cristóvão Tezza

"O Filho Eterno" é um livro do romancista e professor universitário brasileiro Cristóvão Tezza. Foi publicado originalmente em 2007.

Conta a história de um pai e seu filho com síndrome de Down, seus aprendizados e dificuldades. Apesar de ter sido lançado como "romance brasileiro", é um texto escancaradamente autobiográfico.










"A estrada", de Cormac McCarthy

"A Estrada" foi publicado em 2006 e é um livro do estadunidense Cormac McCarthy.

O livro aborda sobre a história de uma América pós-apocalítica onde um pai e seu filho, fracos e sozinhos, andam por uma estrada em direção à costa para tentarem sobreviver. Eles não tem mais nada, somente um ao outro.

Em 2007, o livro "A Estrada" foi condecorado com o Prêmio Pultizer, na categoria ficção.







"À Procura da Felicidade", de Chris Gardner

O empresário norte-americano Chris Gardner era um pai solteiro que não tinha dinheiro nem para pagar o aluguel, muitas vezes foi despejado e teve de dormir com o filho até em banheiros públicos. Sempre lutou contra a pobreza para oferecer uma vida melhor para seu filho. Sua dedicação o levou a tornar-se um executivo de sucesso e a escrever sobre sua história neste livro.

Esta obra inspirou o tão famoso filme homônimo, protagonizado por Will Smith.








Estas foram as minhas dicas, espero que tenham gostado!

E vocês? Tem mais sugestões de livros que falam sobre a relação entre pai e filho?

Até a próxima! :D

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Feira Planetária

Oi, gente! :)

Para distrair um pouco dos estudos, hoje saí com a família para conhecer a Feira Planetária, que acontece no Planetário (meio óbvio), na Gávea, Rio de Janeiro. Esta feira acontece todo mês e consiste em uma feira de Food Truck.


A modinha do Food Truck pode ser até nova aqui no Brasil, mas a ideia já é de longa data. Food Truck surgiu em 1872, nos Estados Unidos, com um cara chamado Walter Scott. Ele vendia tortas, sanduíches para trabalhadores que não tinham muito tempo comer na hora de almoço.

Foto tirada da Internet
Até após a Segunda Guerra Mundial, caminhões móveis de comida alimentavam trabalhadores do subúrbio dos Estados Unidos. Food Truck, nesta época, era conhecido como comida barata, sem muita qualidade.

Foto tirada da Internet

Até que chegou a crise de 2008, o que fez muitos restaurantes fecharem. Então os chefs, principalmente aqueles mais empreendedores, pensaram: "Por que não ir para a rua?" Investir em um Food Truck sai bem mais em conta do que reabrir um restaurante (com tantos impostos, contas, funcionários etc.). 

Surgia, então, a nova pegada do Food Truck: a democratização da comida. Uma comida mais elaborada a um preço acessível.

Kogi foi um dos primeiros Food Truck na crise de 2008. Vendia tortilla mexicana recheada com churrasco coreano.
Foto tirada da Internet.
A moda chegou aqui no Brasil por volta de 2012. Em São Paulo, já foi aprovada um lei que regulariza o Food Truck pela cidade. Aqui, no Rio de Janeiro, a lei ainda é projeto. Os empreendedores estão lutando por um direito de circulação maior, já que, para o Food Truck vender, tem que ser em um local restrito, privado.

Iguatemi Food Trcuk Fest, em São Paulo.
Foto tirada da Internet.

Nunca tinha ido para uma feira deste tipo. Vou contar para vocês o que achei!

Assim que chegamos na Feira Planetária, vimos este painel com todos os "trucks" presentes e sobre o que eles ofereciam.


A feira é gratuita, mas logo na entrada tem um "Caixa" que vendia fichas. Somente com fichas podia pegar as comidas. Resolvemos, então, olhar primeiro o que tinha para depois poder trocar a quantia certa de dinheiro.

O que me deixou decepcionada foram os preços. Como a proposta do Food Truck é a democratização da comida, pensei que iria achar preços realmente mais acessíveis. O que não foi a realidade. Tirei foto de alguns cardápios para vocês darem uma olhada. 

Cardápio do Sushi Imperial
Cardápio do Belgo Truck

Cardápio do Bonnaparte Bistrô
Escolhi comer no Bonnaparte, que tinha culinária francesa. O pedido foi o Josefina. Na foto parecia grande, mas, acreditem, quando o pedido ficou pronto não acreditei que foram R$ 20,00 em um sanduíche daquele tamanho! Quanto ao sabor, não tenho nada a reclamar: estava uma delícia. (Não tirei foto porque a minha fome não deixou!)

Para o segundo round, escolhi comer no Só Coxinhas. Pedi 2 copos: um misto de frango e queijo e outro de nutella e doce de leite. Cada copo vinha com 15 coxinhas e foi R$ 12,00 cada. O que não é nada barato também, né? Só de lembrar daquela empreendedora do Espírito Santo que vende 15 mini coxinhas por 1 real, dá até tristeza. Mas, enfim! Estava delicioso! E o que dizer das coxinhas doces? Vale muito a pena provar! Sem falar que eles ainda passam no açúcar com canela.



Na foto da esquerda, as mini coxinhas salgadas; da direita, as doces.

A feira tinha uma média de 14 Food Trucks. O restante eram barraquinhas , que eram mais ou menos umas 10. Para mim, essa divisão e a questão da feira não ser completamente de Food Truck, quebrou um pouco o clima. Além de ser um espaço apertado. O que, afinal, concordo com a luta desses empreendedores para conseguirem atuar em lugares públicos, como praças, parques etc.

Parte da feira do Food Truck

Parte da feira das barraquinhas

O saldo do dia foi: adorei conhecer a feira (valeu muito pelas coxinhas doces!), mas não sei se voltaria. Achei que a proposta da feira não foi bem traduzida. Tudo bem que o preço médio das comidas eram em R$ 20,00, o que não é muito, mas pela quantidade, não corresponde ao preço. Isso nos leva a consumir 2 ou até 3 vezes para conseguir sanar a fome.